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07/14
2016

A paciência não é uma das coisas que a nossa sociedade atual mais cultiva. Ser impaciente, no entanto, é algo que nos traz sofrimento e insatisfação, já que não nos permite desfrutar porque estamos sempre pensando no futuro e, quando este chega raras são as vezes em que ele é o suficiente, porque continuamos pensando para a frente, no futuro seguinte.

A paciência é uma atitude necessária para viver o aqui e o agora, desfrutando do momento presente, vivendo-o, sentindo-o e sendo conscientes do tempo em que estamos. Para isso é necessário cultivar as atitudes que nos tornam presentes no momento em que estamos vivendo.

 

A vida em ritmo frenético

 

“Tempo é dinheiro” é um lema que nos indica que não temos tempo a perder. Parece que fomos programados para fazer e fazer e fazer, sem nos permitir parar a qualquer momento, porque se perdemos tempo, perdemos dinheiro. Isso nos faz viver em um ritmo frenético, ultrapassando os limites do nosso corpo e de nossa saúde.

Essa dinâmica está se convertendo em algo que está nos destruindo, já que não podemos acelerar o ritmo da vida, não podemos manipular o tempo. Ainda que queiramos ir cada vez mais depressa, tudo tem seu próprio ritmo, e por isso vivemos frustrados e sofrendo por tudo que ainda não conseguimos, em vez de aproveitarmos o que já está ao nosso alcance.

Não sabemos esperar, nos ensinaram somente a correr, a viver estressados e com os prazos e datas limites em nossos calendários todos marcados. Por isso não temos tempo para esperar nem refletir sobre uma decisão, sobre um resultado, queremos que tudo seja rápido ainda que isso signifique perder uma grande oportunidade para nossa vida ou cometer um grande erro.

 

“Eu quero e quero agora”

 

Convertemos nossa sociedade no mundo do “já”. Não podemos esperar o amanhã, nem chegar em casa, nem para ver uma pessoa… Tudo em volta nos indica que temos que resolver tudo agora e acabamos fazendo a coisa pra ontem, de forma pouco planejada, como um jeito de nos livrarmos da ansiedade que se instala nessa dinâmica.

Falamos ou enviamos mensagens enquanto caminhamos, fazemos isso até mesmo quando estamos tomando um café com uma outra pessoa, porque não nos ensinaram a esperar e a tecnologia facilita que tudo seja para já. A todo momento estamos nos comunicando, localizados perante os outros, sem haver um momento em que estamos sozinhos, ausentes do mundo e o mundo ausente de nós.Acreditamos que podemos adiantar o amanhã, e o que ocorre é na verdade a perda do presente.

A sociedade cultiva a impaciência, o ritmo frenético, o estresse que nos deixamos levar sem perceber todas as consequências disso, até que elas gritam. Em algum momento nos inunda o sentimento de não ter vivido para nós, por nós, porque talvez estejamos sempre voltados para o outro, para o sistema, para o trabalho, e não para dentro.

Além disso, vivemos as consequências físicas e mentais de não saber esperar. Aparecem as doenças e os conflitos pessoais e interpessoais, já que nem tudo é como queremos e os outros podem muitas vezes também não colaborar para que seja tudo para já.

 

Fonte: A Mente e Maravilhosa

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